29 de abril de 2004



Concurso literário

* O Netescrita abriu concurso para jovens netescritores.
Só tem de se estar registado e ter vontade de escrever. Qualquer coisa, a Emília Miranda esclarece.




Também nos podemos habilitar a um livro de Hans Christian Andersen no Webquest. Só temos que escrever um texto sobre a vida e a obra deste escritor. A Emília até tem lá os sites onde podemos ler tudo sobre ele.
Será que um de nós vai ser o premiado? Era giro.

27 de abril de 2004



Testemunhos de Abril

* "Na manhã do dia 25 de Abril de 1974 eu estava em casa a arranjar-me para ir para a Faculdade de Letras na Universidade do Porto (era então aluna) quando o telefone tocou. Era um tio de Lisboa dizendo para não sairmos de casa porque havia uma revolução.
Já não me lembro se saí ou não mas lembro-me de ter ido à janela e não ter visto nada que me mostrasse que estava a acontecer uma revolução.
Lembro-me também de ter visto o meu pai e o irmão dele darem um abraço do tamanho do mundo!
O que me vem à memória?
Depois de ter ido à janela e não ter visto nada de estranho na rua, era a avenida da Boavista, no Porto, comecei o meu dia.
O chuveiro, o pequeno-almoço, o apanhar o eléctrico para os Leões.
Faculdade de Letras fechada, Piolho aberto, era o que importava!
Colegas, amigos, muitos ali estavam.
Por ali ficámos.
E por ali andámos nos dias que se seguiram.
Seguiram-se dias e dias de RGA's, RGA's, RGA's, era um nunca acabar de RGA?s!
A esplanada do Piolho sempre cheia, era Primavera, os dias eram mais bonitos do que alguma vez tinham sido!"


Emília Miranda




* "O meu pequeno núcleo familiar [Pai, Mãe, Eu, Mano] era parte integrante de duas famílias, evidentemente, a do Pai e a da Mãe.
Era giro, porque a família do meu pai era conservadora e o meu pai um revolucionário; e a família da minha mãe era liberal (muito anti-salazarista) e a minha mãe, conservadora.
Não imaginas as combinações que daqui resultaram! O meu pai, embora nunca tenha sido do PC, era leitor clandestino do Avante antes da Revolução! E o pai da minha mãe já obtinha clandestinamente as canções do Zeca, Manuel Freire e outros, antes da revolução!
A mãe da minha mãe, décadas antes do 25 de Abril - claro! - foi namorada do Humberto Delgado!
Se tivessem ido todos presos... talvez nunca se tivessem encontrado e eu nem tivesse nascido.

Fata Morgana




* "Tinha 22 anos. Estudava e esperava (ou desesperava) que me chamassem para o cumprimento do serviço militar. Considerava aquela guerra injusta e ponderava seriamente na hipótese de desertar que, ao contrário do que pretendem hoje alguns "espertos", não era um acto de cobardia, mas sim de muita coragem. Coragem que eu ainda não tinha toda dentro de mim.

Desenvolvia, desde os meus 18 anos, alguma actividade semi-clandestina contra o Estado Novo. Por exemplo, com um grupo de amigos integrava, eu como professor de Português, um projecto de aulas para adultos carenciados, a quem não cobrávamos um tostão. Na faculdade onde estudava, participava, também, numa série de actividades políticas contra o estado do ensino... Enfim, histórias compridas e, talvez, chatas para te trazer agora.
Posso dizer-te que poucas semanas antes do 25 de Abril atirei ao mar, no Guincho, uma máquina de escrever velha onde "batia" os stencils de comunicados clandestinos... E perguntas-me tu porque teria eu atirado a maquineta ao mar? Simples: alguém me avisou que eu andaria a ser vigiado pela polícia política (a PIDE, como saberás) e como as máquinas de escrever eram facilmente identificáveis pelo tipo de letras e falhas na impressão das mesmas, lá foi a máquina, companheira de muitos gritos de revolta, para o fundo do mar do Guincho. Nem te passa pela cabeça as explicações malucas que tive de inventar para atenuar a ira do meu pai pelo desaparecimento da máquina...
Conto-te este pequeno acontecimento, apenas para ilustrar algo que era então corrente, nos meios que eu frequentava, e que hoje te poderá parecer tão sem sentido ou, até, estranho.
No 25 de Abril, por volta das sete horas da manhã, telefonaram-me para casa e disseram: "Está a ser hoje. Os militares estão na rua, pá. Hoje, ou vai ou racha!..." (qualquer coisa de parecido com isto. Não te
garanto que tivesse sido dito exactamente com estas palavras...)

Saltei da cama. Vesti-me a correr. Avisei os velhotes - que sempre foram boas pessoas e, apesar das preocupações, davam cobertura às minhas "avarias" - e sabes o que fiz? Como era fotógrafo amador - para ganhar uns tostões... - agarrei na minha velha máquina fotográfica Voïgtlander, peguei em meia dúzia de rolos a preto e branco e fui de comboio para a baixa de Lisboa.
Cheguei lá, seriam cerca de 8 horas da manhã. Corri até à Praça do Município... e começou a aventura!
Soldados por todo o lado, em posições de combate. Viaturas militares imensas e estranhas na baixa pombalina. E as pessoas cinzentas do dia anterior, de repente sorriam. Apreensivas, primeiro. Depois, em
correrias de querer abarcar tudo o que se passava. Depois os gritos, os vivas à liberdade, à vitória... mesmo sem haver grande percepção de quê.
Sabia-se, apenas, que era "contra o regime" e bastava! E começou a ser um mar de gente a invadir a baixa de Lisboa, apesar dos avisos reiterados para ninguém sair de casa.
E aí se terá passado o fenómeno para mim mais marcante da Revolução de Abril: de súbito liberto da opressão em que vivia, o povo irmanou-se aos soldados, sobrepôs-se a eles, encheu-os de vivas e de cravos, tomou a Revolução como sua, numa anarquia feliz e incontida, em que todos éramos irmãos... excepto, claro, os "pides" a quem de imediato se começou a dar caça sem tréguas (pois muitos deles eram bem conhecidos), ainda que não se tenha vertido nessa vingança uma gota de sangue, ao contrário do que
viria a fazer a meia dúzia de cães raivosos que no edifício da António Maria Cardoso dispararam indiscriminadamente contra a multidão desarmada.
Por todo o lado se organizavam comícios espontâneos. As pessoas redescobriam a arte de se reconhecerem nos outros, em plena luz do dia. Pois é... e a meia dúzia de rolos fotográficos foram
incomensuravelmente poucos para documentarem tanta felicidade."

Jorge Castro


24 de abril de 2004



Ainda o 25 de Abril...

Para além da contribuição familiar e dos amigos, tenho feito várias descobertas na Internet sobre a História da Revolução. Só que era demasiado extensivo para o ABC e decidi distribuir o mal pelas aldeias. Sendo assim, se alguém estiver interessado, pode passar pela minha primeira casa (hihi...) e pela segunda moradia. Tem vista para o mar.

23 de abril de 2004



“Existe uma tendência, sobretudo entre os mais novos, para encarar o 25 de Abril como algo que já pertence ao passado”.
Gilda Barata, escritora

Estamos a fazer um trabalho na escola sobre o 25 de Abril e lembrei-me que os autores de blogs, como mais velhos, podiam contribuir para me (nos) contar como o viveram ou o que sabem dele.
Já tenho vários tópicos, algumas histórias e muitas fotografias, mas falta-me saber o sentimento de quem o viveu por dentro e quais as suas experiências, os seus sonhos e as suas ilusões. Independentemente da sua filiação partidária, (como diz o meu pai: “um blog não deve ter cor”), a nossa equipa (a Rosarinho, a Bi, o Hugo, a Sandra e eu) gostaríamos de saber mais coisas.
Posso contar com vocês?

(a minha caixa de correio é thita@iol.pt)

18 de abril de 2004



minha amiga Thita e também ao teu avô Eduardo!!! e já agora ao teu tio :-)

Muitos abraços meus e da minha mãe.



Hoje é uma data muito especial. É com a Família, e com as minhas amigas e amigos que festejo o meu aniversário todos os anos. Além de festejar em parceria com o meu Avô e com o meu Tionascemos os três a 18 de Abril - este ano tenho mais gente com quem partilhar a minha alegria: vocês!
Por isso, um brinde a todos num desejo: o de continuarem a ser meus amigos.
Beijinhos


17 de abril de 2004

Ora viva!


Neste espaço de tempo que demorou as minhas mudanças de sistema estive a ver a saga completa do Senhor dos Anéis. Ainda estou de cabeça à roda com os nomes deles.
Devem ter sido nove ou dez horas de filme que me prenderam no sofá durante dois dias.
Mas gostei muito.
Para quem ainda não viu, pode acompanhar aqui algumas curiosidades e ver os trailers.
Agora vou ver o que as minhas amigas e amigos do blog andaram a fazer.


Dos nossos blogs

* A Inês continua imparável com os seus desafios proverbiais. Vão lá e respondam se souberem, hihi…

* A Catarina está encantada com o site da Fanta onde somos nós a legendar os filmes.
É bué da giro.

* A Mafuka anda numa de KARAOKE.
Uma vez fizemos lá na escola e teve tanto sucesso que até os gatos das redondezas fugiram.

* O Mário Nuno está no pico da popularidade. Demonstra que os miúdos estão cá para as curvas, hihi… Força, Mário!


13 de abril de 2004

YUPIIIIII!!
* Vim logo a correr quando o meu avô me disse que já temos mais uma menina com blog. Senhoras e senhores, a Eva!

Eva.gif




* A Emília Miranda faculta a Cultura em miúdos. Como ela diz, vamos entrar.

10 de abril de 2004



Para quem gosta de pintar há muitos desenhos aqui

Espero que gostem deste da Páscoa. Beijos e abraços do Mário Nuno

PS O cão do meu avô continua desaparecido :'-(

9 de abril de 2004



BOA PÁSCOA!!!

Clica neste link e vais ver o coelhinho da Páscoa mais fixe de todos! Ele dança muitas coisas diferentes acompanhado dos seus amigos pintainho, tartaruga e os seus irmãos coelhos! Carrega nas flores grandes e verás 4 danças diferentes! Depois diz qual é a tua dança preferida!

Mas tens que clicar em ecards e depois eater cards e na 3ª página é que aparece the bunny hoop e é desse coelhinho que estou a falar... (os links directos não funcionam)

7 de abril de 2004



A Emília Miranda (Netescrita) tem um desejo: "O que eu quero é que eles gostem de ler e de escrever". Tem um Projecto e uma capacidade adorável para o levar em frente. Sei que estamos de férias e falar de aulas pode ser uma "ganda seca". Mas eu vou acompanhar e até pode acontecer que a Ovelhinha se possa vir a interessar nesta conjugação de esforços.

* Temos mais uma professora do nosso lado. O nome é Caínha e pode ajudar em Arquitectura, Construção, Legislação e Geometria Descritiva.

5 de abril de 2004



Ouguela Com Vida é um blog complementar do projecto da própria Escola.
Conheça as Lendas e o Castelo.

São a Elizabete, a Fátima, o Luís, o Tom e o Eduardo. Aqui, podem contar com a gente. Bem-vindos!

ps - Informação dada pelo meu amigo rival Santa Cita.

Os nossos professores

* Souberam que no dia 2 comemorou-se o Dia Internacional do Livro Infantil?
A Alice conta-nos uma história muito bonita no seu blog.


* A Maria dá-nos a conhecer o Roteiro Literário. Vale a pena ler.


* A Martínia dá-nos a conhecer o Grupo de Teatro Histérico (Escola Secundária do Fundão). Dia 27 comemorou-se o Dia Mundial do Teatro.

3 de abril de 2004

Desapareceu o Rex!

rex.jpg

O Rex desapareceu há 3 dias. Fugiu de casa de seu dono na Senhora da Hora, entre a antiga estação dos comboios, agora paragem do metro e o centro comercial Londres. Se alguém o viu, é favor deixar mensagem neste blogue. Obrigado!

2 de abril de 2004



A nossa amiga Catarina, do 100nada, faz anos hoje. É do meu signo e tudo.
Um beijinho de Parabéns muito grande.

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* Temos um vizinho na blogosfera que nos mostra a origem dos nomes de cada blog. Chama-se Blogopédia e abriu hoje.

* Para quem gosta de enigmas nada melhor que o Enigmódromo, hihi...

* Ah!... e faltava-me cumprimentar nos blogs a Conchinha e o Bananito.
Muito gostam eles de batatas fritas. Também eu.

1 de abril de 2004



A sua pequena história.

Não gosto de mentiras mas hoje como é a brincar gostaria de saber quem é capaz de contar a maior aldrabice, hihi...