25 de maio de 2006

O Futebol e os portugueses - ou o sentido crítico da realidade



Eu tenho duas bandeiras de Portugal na janela do meu quarto e podia ter outras tantas na varanda da minha (nossa) casa. Aliás, eu podia viver, comer e dormir, rodeada de bandeiras do meu país desde que cumpra com as minhas obrigações.
Não é por nada, mas aborrece-me ver e ler em alguns blogs, jornais, revistas, uma atitude mesquinha em relação ao futebol. (Ou será ao Felipão, hihi…?)

Estamos numa fase importante das nossas vidas (a dos miúdos) onde o mais importante é aprendermos diariamente com tudo o que nos rodeia à nossa volta e com todos os que fazem parte para nos ajudarem. Desde a família aos professores.
Nunca me fartarei das disciplinas que mais gosto: História, Geografia, Filosofia e Português. Todas elas comportam análise, investigação – que adoro – e ter uma visão do mundo todo. Se gostar e realçar o futebol é, como já li algures, coisas do terceiro mundo, aí já se pode partir para uma discussão acesa sobre os tais que não devem levantar o cu da cadeira que está em frente ao computador e não dão conta da alegria que o fenómeno traz à já de si pobre vida dos que trabalham.

Podem dizer que o futebol é um mundo demasiado lucrativo só para alguns. Certo. Mas com ou sem ele, continuará a haver sempre pobres desgraçados a pedir e pessoas com fome e frio. Gente sem tecto e que se arrasta pelos dias que passam devagar.
Não o será também a guerra, as riquezas naturais exploradas pelas grandes potências dos países do tal terceiro mundo ocupado, a escravidão moderna, a droga e os compadrios que a política arrasta consigo?
Estarão as 6.000 (seis mil) escolas alemãs, as 70% das crianças brasileiras, um sem número de francesinhas e francezinhos, de italianos, suecos e suíços, holandeses e americanos, todos a descambar para o tempo das cavernas?
Tenham paciência mas o Futebol é parte das nossas (poucas) alegrias.

FORÇA PORTUGAL!!!




* Texto revisto e corrigido pelo meu avô.