25 de dezembro de 2006

Eu tinha que dizer isto!

O dia de Natal é por costume um dia santo. Para nós, crianças, é mais fantástico ainda. Temos toda a família reunida, muita atenção e muitos doces. E para aqueles a quem o Pai Natal foi mais generoso nas prendas, é o máximo.

No entanto, ao resguardar-me na minha intimidade natalícia, hoje vejo o Natal com outros olhos. O tal “estás a crescer a olhos vistos”, que já todos notam, ajuda. Demasiadamente depressa, julgo eu, é que me deprime.

Faço as coisas do costume: voluntariado em lares de idosos e casas de gente pobre que precisam de apoio. Dou os meus brinquedos que já ultrapassaram a fase infantil da minha vida, livros e roupas que já li e não me servem, respectivamente. Sou visitante assídua dos infantários dos meninos mais carenciados e “obrigo” os meus pais a comprarem “coisas” para aqueles que durante o ano inteiro não têm muitas. Mas pressinto que podia fazer mais e melhor.

“Estás a ficar séria!”, diz o meu avô. Acredito.
“Mas não podemos sozinhas mudar o mundo”, diz a minha mãe. Também sei que ela tem razão.

Por isso, vamos tentar fazer de 2007 um ano melhor. Percam um bocadinho (recado aos adultos) a olhar mais de perto os vossos próprios filhos e tentem ensinar-lhes o que os meus pais me ensinam: respeito, amor e solidariedade.
E sem me conotarem com qualquer religiosidade da moda, qualquer força política ou outro rótulo que queiram colar, acho que não é pedir muito. Gosto muito do Alentejo, adoro o meu Benfica, mas o mais importante são as pessoas.

a todos.

17 de outubro de 2006



Estatuto da Carreira Docente

Hoje há greve dos professores!
E como não tive aulas fomos tentar saber o que os preocupa e as opiniões deles. Mais a dos que têm blog. Por agora ainda só vou aqui. Mas era bom que houvessem mais professores a elucidarem-nos. Bem vistas as coisas, somos nós que nos vemos todos os dias, hihi...
Sei lá quem é a ministra da Educação.

"De greve!"
Professora Su

"Uma voz insuspeita"
Professor Peciscas

"- Tens muito que fazer? – Não. Tenho muito que amar. (Não entendo ser professor de outra maneira. E não me venham dizer que isto assim cansa e mata; morrer-se sempre se morre: e à minha maneira tem-se a consolação de não ser em vão que se morre de cansaço.)
Sebastião da Gama – 1948
Estúdio Raposa

"Governo vai apresentar nova proposta aos professores."
in Professores Contratados

"Ricardo Gonçalves (PS) questiona Governo sobre Estatuto da Carreira Docente"
in Eduquês

"Era uma vez..."
in Diário de um Professor

"Fazer ou não fazer greve? Eis a questão."
in Edutica

"Não é nada comigo"
in Escola Revisitada

"Não faço greve porque..."
in Na Sala de Aula

"Furiosa"
in Blog d'Anokas

in Mais do Mesmo


"Despesas/Poupanças"
in Reflectindo

"Em luta!!!"
in Um Olhar Azul

"Dedicado à sra.ª Ministra"
Professor Morfeu



E pronto! Agora ficaremos à espera de saber se alguém tem alguma coisa a dizer.
O nosso agradecimento à Professorinha pela disponibilização dos links que tem no blog dela. Muito obrigada!

8 de agosto de 2006



O que fazer nas férias?

Primeiro que tudo, o que cada um quiser e puder.
Eu por mim ainda não sei ao certo mas já estou a preparar livros para ler, a máquina fotográfica (imprescindível), blocos e canetas e muita roupa fresquinha. Depois é só limpar o cérebro e preenchê-lo com coisas novas até à abertura das aulas.

(Vou despedir-me de todos quantos o sistema de comentários o permita.)

Divirtam-se! Até Setembro.

13 de julho de 2006



Estou a entrar de férias com o dever cumprido. YES! (o meu amigo e colaborador neste blog, o Mário Nuno, já estava e também passou)
Agora vou actualizar os meus outros sítios e dar um beijinho a todos.

Para o próximo ano lectivo há mais e, quando já tiver catorze, vou ver se me inscrevo nos cursos de verão que algumas Universidades promovem. A dúvida é se me aceitarão com essa idade e houver a disciplina de jornalismo de investigação.
Ou Letras, Direito, Psicologia, História, Filosofia, Geografia.

Ainda não estou em mim. Por isso, estas dúvidas todas.
Até logo mais.

26 de junho de 2006



Estou em exames.
De qualquer forma, vou acompanhando um pouco de tudo um bocadinho. Mas agora tenho que me concentrar para aquilo que pode ser o meu futuro.
Depois disso vou dar um beijinho a todos.

Xau

12 de junho de 2006



Quando for grande…

Ao contrário do que pretendia ser quando fosse grande (médica, advogada, investigadora, jornalista) já decidi o que quero ser quando lá chegar: Joaquim Oliveira.
Ainda nunca lavei pratos e servi à mesa em pensões (trabalho tão digno como outro qualquer) mas acrescentar JO no meu curriculum mais adulto vem ao encontro das minhas aspirações: ser o “quero e mando” de todos quantos o não podem fazer. O meu próprio signo assim o indica: Carneira, e está tudo dito.

Isto vem a propósito de, no início da minha adolescência – não se esqueçam que já fiz treze anitos e sou mais alta do que a minha professora de Filosofia – e para além de ter que seguir as indicações escolares da vontade de qualquer ministra da educação que vá para o governo mandar, ser uma desportista nata e gostar de assistir a todos os eventos internacionais onde intervêm os meus mais que tudo nessa matéria é fundamental: Benfica, Portugal e os portugueses que se destaquem.

Sou do Glorioso e amo o meu país. Ainda não pago impostos e vou tentando usufruir de tudo o que me possam dar porque, tenho a certeza, quando for formada retribuo em dobro ou triplo tudo aquilo que me deram a aprender.
Só que ainda não consigo entender a concorrência dos canais televisivos e menos entendo o silenciamento do M6 e do RTL só porque dão em directo os jogos do Mundial na mesma altura em que o canal deste senhor também dá.

Digo e repito: quando for grande quero ser uma Joaquim Oliveira e conseguir o império que ele tem na multimédia com a conivência de todos os doutores e leis deste país.
Só que o vou fazer precisamente ao contrário.

Vou à falência? Que se lixe. Proíbo a proibição de me proibirem de fazer isso! (hihi) Eu, miúda da Escola do Fogueteiro, que até só estava para falar da Marcha da Voz do Operário...

25 de maio de 2006

O Futebol e os portugueses - ou o sentido crítico da realidade



Eu tenho duas bandeiras de Portugal na janela do meu quarto e podia ter outras tantas na varanda da minha (nossa) casa. Aliás, eu podia viver, comer e dormir, rodeada de bandeiras do meu país desde que cumpra com as minhas obrigações.
Não é por nada, mas aborrece-me ver e ler em alguns blogs, jornais, revistas, uma atitude mesquinha em relação ao futebol. (Ou será ao Felipão, hihi…?)

Estamos numa fase importante das nossas vidas (a dos miúdos) onde o mais importante é aprendermos diariamente com tudo o que nos rodeia à nossa volta e com todos os que fazem parte para nos ajudarem. Desde a família aos professores.
Nunca me fartarei das disciplinas que mais gosto: História, Geografia, Filosofia e Português. Todas elas comportam análise, investigação – que adoro – e ter uma visão do mundo todo. Se gostar e realçar o futebol é, como já li algures, coisas do terceiro mundo, aí já se pode partir para uma discussão acesa sobre os tais que não devem levantar o cu da cadeira que está em frente ao computador e não dão conta da alegria que o fenómeno traz à já de si pobre vida dos que trabalham.

Podem dizer que o futebol é um mundo demasiado lucrativo só para alguns. Certo. Mas com ou sem ele, continuará a haver sempre pobres desgraçados a pedir e pessoas com fome e frio. Gente sem tecto e que se arrasta pelos dias que passam devagar.
Não o será também a guerra, as riquezas naturais exploradas pelas grandes potências dos países do tal terceiro mundo ocupado, a escravidão moderna, a droga e os compadrios que a política arrasta consigo?
Estarão as 6.000 (seis mil) escolas alemãs, as 70% das crianças brasileiras, um sem número de francesinhas e francezinhos, de italianos, suecos e suíços, holandeses e americanos, todos a descambar para o tempo das cavernas?
Tenham paciência mas o Futebol é parte das nossas (poucas) alegrias.

FORÇA PORTUGAL!!!




* Texto revisto e corrigido pelo meu avô.

24 de abril de 2006



O 25 de Abril contado às Crianças
(por Inês Pedrosa)

Era uma vez o 25 de Abril… é uma história que todos nós devíamos saber de cor. Mesmo que quem nos a conte a possa ver de modo diferente. Eu tive sorte por ter nascido num lar onde dois figurões (hihi) a viveram em directo.
E contaram-ma.
Mas queremos ouvir a sua. Pode ser?

18 de abril de 2006



Por motivos muito especiais, hoje não vou estar por aqui mas vou andar por ali e acolá, hihi…
Eu cá sei porquê!

15 de abril de 2006



O ABC dos Miúdos deseja a todos os seus amigos e visitantes uma Páscoa Feliz. Com muitas amêndoas doces porque das amargas estão os Professores e alunos fartos.

(Estou a ficar politizada, hihi...)

Beijinhos

5 de abril de 2006



Pirataria (link)

Hoje descobri que sou uma pirata informático.
Tudo o que tenho guardado no meu computador veio da Internet: músicas e vídeos, poemas, imagens e fotografias. Cartões de Natal e de Aniversário das pessoas amigas. Jogos e livros. Muitos livros e coisas feitas nas Escolas deste país.
Posso parecer intolerante mas não concordo com as medidas que querem, ou estão, a tomar.
Só espero que na prisão me deixem continuar a usufruir do que está disponível na rede.

Fica lavrado o meu Protesto na voz de Mário Viegas. O seu último grito. É só trocar Dantas por Simões, hihi...

19 de março de 2006



Quando nos perguntam o que queremos ser quando formos grandes é uma pergunta tolinha e disparatada nos dias que correm.
Primeiro porque nunca sabemos se chegamos lá: a grandes (ou o que isso queira dizer).
Segundo, esta geração, a que já iluminados “pensadores” e outros ilustres entendidos na matéria deste painel educacional chamaram já de Geração Net, também não sabe o que lhes reserva o futuro.

Então é assim:
Dêem-nos aquilo que em todo o mundo mais próspero e inteligente tem: a passagem do conhecimento, da cultura, dos ensinamentos que todas as crianças devem ter na formação. As condições essenciais para os nossos pais nos alimentar, vestir e calçar. Sempre com a saúde assegurada.

A partir daí deixem por nossa conta. Temos imaginação para elevar o progresso que este país precisa.
Escusamos de imigrar para sermos bons em tudo o que gostamos de fazer.

5 de março de 2006



Uma Causa pela Vida

Mais um projecto que apoio incondicionalmente. Trata-se de uma ajudinha que todos nós podemos dar: tentar localizar as crianças desaparecidas! O Projecto Esperança agradece a divulgação e todos os pais também.

Quanto a elas, os meninos e meninas que ninguém sabe aonde estão, devem estar assustadíssimas e com muito medo.
Colaborem com a causa, por favor. Divulguem a campanha e olhem com atenção para todo o lado quando andarem na rua, nas compras, em qualquer sítio. Pode ser que encontremos alguma delas.

16 de fevereiro de 2006



Contaram-me uma história...



"Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital.

Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões.

A sua cama estava junto da única janela do quarto.

O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas.

Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres, famílias, das suas casas, dos seus empregos, dos seus aeromodelos, onde tinham passado as férias...

E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto todas as coisas que conseguia ver do lado de fora da janela.

O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a actividade e cor do mundo do lado de fora da janela.

A janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes, chapinhavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos.

Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris. Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem e uma ténue vista da silhueta da cidade podia ser vislumbrada no horizonte.

Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava as pitorescas cenas.

Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia a passar:
Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de palavras bastante descritivas.

Dias e semanas passaram. Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida o homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia.

Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo.

Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca.

Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a Enfermeira deixou o quarto.

Lentamente, e cheio de dores, o homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela que dava, afinal, para uma parede de tijolo!

O homem perguntou à enfermeira o que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela.

A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede. Talvez quisesse apenas dar-lhe coragem..."

E fiquei melhor! Muito melhor.
Tenho que agradecer à Professora Emília Miranda a partilha e a atenção.
Um grande beijinho para ela. Muitos outros também para quem por aqui me deixou palavras carinhosas.

11 de fevereiro de 2006



Quando se perde uma pessoa querida, da família, já é difícil aceitar-se. Tem a ver com a lei da vida que aos mais velhinhos nunca foi grata. Mas a minha Becky Cristina , não!
Foi ela que me viu nascer, que me aquecia nos dias frios e me lambuzava durante o Verão. Era a ela que eu fazia trinta por uma linha e que nunca protestava.

Nunca ma deviam ter levado...

Não gosto da Vida assim!

4 de fevereiro de 2006



Dia Por uma Internet Mais Segura

No dia 7 de Fevereiro vai celebrar-se o Safer Internet Day.
A Comissária Europeia Viviane Reding é a patrocinadora do evento e o mundo celebrará pela terceira vez a forma de discutir a segurança dos mais novos na Internet.

Envolvendo 33 países, 89 organizações e 17 Ministérios e outras autoridades mundiais, a “Blogotona Global” em várias línguas tornar-se-á um meio universal para a participação de todos. Crianças e jovens, pais e encarregados de educação, professores, escolas, e todos aqueles que se interessam por uma navegação segura para os miúdos.

Quem o diz é o Tito de Morais e eu já tenho gente do meu lado para as necessárias explicações, hihi...

22 de janeiro de 2006



Tocá Rufar

Nós os miúdos, gostamos de ser traquinas. E como já li algures, algumas leis servem também para serem desrespeitadas. Tal como uma que consta na não sei das quantas da Comissão Nacional de Eleições.

Então é assim:

1) Se o professor Cavaco Silva ganhar, o pessoal deste lado onde moro fica fulo.
2) Se o Poeta conseguir ir à segunda volta há uma perspectiva de a Esquerda ganhar.
3) Se o avô Mário não se tivesse candidatado as sondagens eram outras.

Portanto, à boca das urnas, fica a nossa previsão:

- Vai fazer frio esta semana
- Nos próximos testes temos que melhorar as notas
- Portugal vai continuar na mesma cumá lesma

Mas um dia, talvez sejamos nós, as mulheres que ainda são miúdas, a colocar ordem na casa. (hihi...)